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Jacarta – A Organização Mundial da Saúde (OMS) admitiu ontem que o vírus H5N1, que provoca a gripe aviária e atinge seres humanos, sofreu mutação. Esse fenômeno é considerado o ponto inicial para o alastramento da doença na população. No entanto, segundo a OMS, a mutação comprovada não facilita a transmissão entre humanos, como os cientistas temiam.

Uma porta-voz da OMS, Maria Cheng, disse que a mutação foi observada nas investigações do foco de casos registrado no norte de Sumatra, em que sete integrantes da mesma família morreram, em maio.

"Foi encontrada uma mutação num relatório recentemente entregue ao governo (indonésio). Foi o resumo da investigação sobre o caso do norte de Sumatra", disse. "Mas ele não se tranformou numa variante mais transmissível, porque não parece ter disseminado para além do foco", acrescentou.

Para o especialista no assunto Malik Peiris, as mutações no vírus da influenza são comuns. "Os vírus da gripe sempre sofrem mutações. É por isso que as pessoas estão preocupadas. O vírus pode mudar e ficar mais contagioso. Mas isso não aconteceu até agora".

Autoridades indonésias e da OMS monitoraram de perto mais de 50 pessoas que tiveram contato com as vítimas do norte de Sumatra, mantendo-as em quarentena voluntária por várias semanas, mas nenhuma apresentou sintomas, afirmou a organização, que é uma agência da Organização das Nações Unidas.

130 mortos

O vírus H5N1, da gripe aviária, vem se disseminando rapidamente, mas infecta quase que exclusivamente aves. Desde 2003, 130 pessoas morreram devido à doença, a maioria na Ásia.

Especialistas acreditam que o vírus ainda representa uma grande ameaça de pandemia. O coordenador global da OMS para a influenza, Keiji Fukuda, disse que a entidade observou atentamento o foco de Sumatra para verificar se o nível de alerta de pandemia seria elevado. "A resposta é, claramente, não."

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