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Autoridades da Organização Mundial de Saúde (OMS) e líderes islâmicos irão encontrar-se no Egito na semana que vem em um esforço para acabar com ataques a agentes de saúde que trabalham no combate à pólio em alguns países com grandes populações muçulmanas.

"Atirar em agentes de saúde que estão protegendo crianças desta doença debilitante é contra o Alcorão e tudo que o islamismo defende", afirmou o diretor-geral assistente da OMS, Bruce Aylward, em Canberra, nesta sexta-feira (1º).

Atiradores no Paquistão e Nigéria mataram mais de 20 agentes de saúde nos últimos três meses, em uma série de ataques ligados a uma reação contra o programa de imunização contra o vírus que provoca paralisia.

"Líderes muçulmanos têm sido excelentes defensores da imunização e geralmente o apoio sempre existiu. No Cairo, estamos nos encontrando com líderes islâmicos para ter uma ideia do que podemos fazer, e lhes perguntar como podem nos ajudar", disse Aylward.

A OMS conseguiu eliminar a poliomelite com sucesso na maioria das nações depois de uma campanha de 25 anos, porém a condição de paralisia continua endêmica em três países: Afeganistão, Paquistão e Nigéria, onde alguns influentes líderes muçulmanos opuseram-se ao programa, classificando-o de uma conspiração da medicina ocidental.

Aylward disse que a violência forçou a OMS a revisar sua abordagem para as imunizações no Paquistão e Nigéria.

"O objetivo é colocar as ferramentas nas mãos das comunidades para imunizarem suas próprias crianças", disse Aylward.

Desde 1988, a OMS diminuiu o número de casos globais de pólio de 350.000 para apenas 225 em 2012, com a Índia sendo declarada livre da doença em janeiro de 2012.

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