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O ditador de Cuba, Miguel Diaz-Canel, durante um evento realizado em Havana em novembro de 2023
O ditador de Cuba, Miguel Diaz-Canel, durante um evento realizado em Havana em novembro de 2023| Foto: EFE/ Ernesto Mastrascusa

A ONG Observatório Cubano de Direitos Humanos (OCDH) denunciou nesta quinta-feira (1º) que o preso político identificado como Adel de la Torre Hernández, que sofre de esquizofrenia, está sendo vítima de abusos perpetrados por autoridades cubanas na prisão, o que está contribuindo para piorar seu quadro de saúde.

Segundo a organização, Adel foi condenado pelo regime castrista a sete anos de prisão por participar pacificamente dos protestos realizados em 2021 e não recebe o tratamento médico adequado para sua condição mental.

A mãe de Adel, cujo nome é Anayl Hernández Collado, pediu solidariedade pelo seu filho e afirmou que ele é frequentemente agredido pelos carcereiros cubanos na prisão. Collado acrescentou também por várias vezes que Adel é inocente e que parte das agressões contra ele ocorrem pelo fato de o mesmo afirmar que é cristão.

“Chegam e perguntam: ‘Você é o cristão?’ E mandam bater nele, três ou quatro pessoas. Inclusive, queriam que meu filho tirasse a própria vida. Diziam: ‘Você é cristão? Se mate para ver se o seu Deus te salva’, todas essas barbaridades”, afirmou ela ao OCDH.

A ONG lembrou que o caso de Adel é mais um entre os vários outros casos de presos políticos que sofrem tratamentos cruéis nas cadeias cubanas. A organização lembrou que as Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento dos Reclusos (Regras Nelson Mandela) estabelecem que o Estado tem a responsabilidade de dar serviços médicos aos presos.

“A situação dos prisioneiros por motivos políticos e de consciência é tão grave, que se tornou humanitária. Além das terríveis condições carcerárias, eles suportam o assédio e o abuso de poder por parte dos carcereiros e da polícia política”, declarou o OCDH.

A ONG reiterou que o regime de Havana deve atender o pedido de anistia, apresentado recentemente pelos familiares e apoiado por centenas de cidadãos, ou aplicar, de maneira urgente, qualquer uma das outras vias legais que tem para libertar ou excarcerar todos os presos políticos.

“O ministro das Relações Exteriores [do regime cubano], Bruno Rodríguez Parilla, dispõe da documentação precisa dessas vias, que lhe foi enviada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos [CIDH] no início de janeiro, e do requerimento de diversas instituições internacionais para sua implementação, no caso de existir a vontade política requerida e o humanismo que a situação de presos e familiares exige”, aponta a ONG em seu site.

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