Desconhecidos dispararam dois tiros contra um ônibus da polícia na madrugada desta terça-feira em frente à Universidade de Atenas, horas antes de um protesto estudantil, na terceira semana de manifestações contra o governo.
Ninguém se feriu no ataque, ocorrido por volta de 1h da madrugada (hora de Brasília). A universidade está ocupada por estudantes há mais de duas semanas. Os protestos -- os piores do país em várias décadas -- começaram por causa da morte de um adolescente pela polícia, no dia 6 de dezembro.
Um dos tiros furou um estepe do ônibus, no qual, segundo a polícia, só estava o motorista. As autoridades estão investigando o incidente, ocorrido após dois dias de trégua nas manifestações.
A lei impede que a polícia entre no campus sem autorização. A universidade se tornou o epicentro dos protestos, que já provocaram centenas de milhões de euros em prejuízos. Há manifestações também em várias outras cidades.
As ruas de Atenas estavam tranqüilas desde o confronto entre policiais e estudantes no último sábado à noite. Na terça-feira, porém, há uma passeata marcada para a praça Syntagma, em frente ao Parlamento.
Embora tenham começado por causa da morte do jovem de 15 anos, os protestos catalisam também a insatisfação popular com a crise econômica e os escândalos de corrupção no governo conservador, que tem maioria de apenas um deputado no Parlamento e aparece atrás da oposição socialista nas pesquisas de opinião.
Alguns analistas dizem que, se os protestos durarem meses, o governo será forçado a convocar eleições.
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