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A Organização das Nações Unidas (ONU) terá sua função no Iraque ampliada para ajudar na reconciliação entre as diferentes facções do país e na promoção do diálogo com nações vizinhas, segundo uma resolução que foi aprovada no fim da manhã desta sexta-feira pelo Conselho de Segurança.

O novo mandato para a Missão de Assistência da ONU ao Iraque (Unami), de 4 anos, acrescentará deveres às suas antigas funções de ajudar em eleições e na monitoração dos direitos humanos. A nova responsabilidade exigirá aumento do número de funcionários em Bagdá, segundo avaliação de autoridades. Agora, o novo mandato prevê que a Unami "aconselhe e apoie" os iraquianos no "avanço de um diálogo nacional inclusivo e na reconciliação política", com revisão da Constituição e realização de um Censo.

Além disso, a missão promoverá o diálogo do Iraque e seus vizinhos sobre temas como segurança de fronteiras, energia e refugiados, ajudará na volta de milhões de pessoas que fugiram da violência, coordenará a reconstrução e auxiliará a reforma política.

A resolução foi preparada pelos Estados Unidos e pela Grã-Bretanha, que invadiram o Iraque em 2003 e derrubaram Saddam Hussein. Apesar das profundas divisões dentro do Conselho de Segurança na época da invasão, a nova medida foi aprovada.

Alguns funcionários da ONU estão preocupados com questões de segurança, que ainda não foram totalmente resolvidas. Ainda há na lembrança deles a explosão do escritório da ONU em Bagdá, em agosto de 2003, que matou 22 pessoas, entre elas o chefe da missão, o brasileiro Sérgio Vieira de Mello. O ataque provocou a retirada temporária da equipe da ONU.

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