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Netanyahu ataca Irã e reafirma o Holocausto

Folhapress, em São Paulo

Nova Iorque - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rebateu ontem, em discurso à Assembleia Geral da ONU, a provocação do presidente iraniano, Mahmoud

Ahmadinejad, feita na semana passada, quando disse que não há provas sobre o Holocausto e que o evento histórico é uma mentira.

"E sobre os sobreviventes cujos braços ainda levam números marcados pelos nazistas? Seriam eles mentira também?’’, questionou Netanyahu.

Pouco depois de exibir no palanque dois documentos que atestam a ocorrência do fato histórico, quando morreram cerca de 6 milhões de judeus, o líder linha-dura de Israel aproveitou para justificar os pesados bombardeios à faixa de Gaza, que mataram em torno de 1.400 palestinos, entre dezembro e janeiro passados.

Durante as três semanas de confronto, pelo lado israelense, quatro civis morreram por conta de foguetes disparados aleatoriamente contra o sul de Israel por radicais do Hamas.

O premier disse, em seu discurso, que o ataque era a única forma de agir diante dos oito anos em que milhares de foguetes foram lançados em seu território – período no qual, diz ele, a ONU "ficou em silêncio’’.

Nova Iorque - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ontem que "os próximos 12 meses serão absolutamente críticos’’ para determinar se os esforços globais para evitar a proliferação e o uso de armas nucleares serão bem-sucedidos. O americano liderou a cúpula do Conselho de Segurança da Orga­­nização das Nações Unidas (ONU) sobre o assunto e obteve a aprovação, por unanimidade, de uma resolução que reforça o Tratado de Não Proliferação Nuclear.

Foi a primeira vez que um presidente americano presidiu uma cúpula do conselho desde a criação do órgão, em 1946.

"Nós não temos ilusões quanto à dificuldade de criar um mundo sem armas nucleares. Nós sabemos que há muitos cínicos e que haverá falhas que lhes darão argumentos. Mas haverá também dias como hoje, que nos empurrarão. Dias que contarão uma história diferente. Essa é a história de um mundo que entende que nenhuma diferença ou divisão vale destruir tudo o que construímos e amamos’’, disse.

A Resolução 1.887, que foi redigida pelos Estados Unidos, pede aos Estados signatários do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) – como o Brasil – que respeitem suas obrigações e pede que todos os outros Estados assinem o documento como países sem armas atômicas, para torná-lo universal. A resolução pede ainda que todos os Estados negociem uma redução dos arsenais nucleares e trabalhem por um "tratado de desarmamento geral e completo sob rígido controle internacional’’.

O documento prevê ainda uma melhora da segurança dos materiais físseis, para impedir que eles caiam nas mãos de terroristas. Ou­­tra exigência é o o cumprimento em sua totalidade de resoluções anteriores aprovadas contra o Irã e a Coreia do Norte – e que, na prá­­tica, nunca tiveram efeito. "Não se trata de dividir e focar uma única nação, mas sim de o mundo se unir e mostrar que o direito internacional não é uma promessa vazia, e que os tratados precisam ser reforçados’’, disse o presidente.

"Uma bomba atômica em uma grande cidade pode matar centenas de milhares de pessoas e desestabilizar nossa segurança, nossa economia, nosso modo de vida", disse Obama.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também chamou o mo­­mento de "histórico". "É um novo começo de um novo futuro’’, disse. "Alguns podem dizer que o de­­sarmamento é utopia. Os cínicos diriam ‘sejam realistas’. Eles estão errados. O desarmamento é o único caminho seguro’’, defendeu Ban.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Es­­tados Unidos, Rússia, China, Rei­­no Unido e França) têm bombas nucleares.

Obama preside a reunião do Conselho de Segurança da ONU porque os EUA ocupam neste mês a presidência rotativa órgão.

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