A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta terça-feira por arrasadora maioria uma nova resolução de condenação ao embargo econômico e comercial que os Estados Unidos impõem a Cuba há cinco décadas.
A resolução foi aprovada com 188 votos a favor, três contra, e duas abstenções, segundo anunciou o presidente da Assembleia Geral, Vuk Jeremic, ao término de um debate que se estendeu por quase três horas.
Os três países que votaram contra a resolução foram Estados Unidos, Israel e Palau, enquanto as abstenções foram de Micronésia e Ilhas Marshall.
Na última votação realizada no ano passado, a resolução de condenação ao embargo contou com os votos contrários de EUA e Israel, enquanto Palau se absteve junto com Micronésia e Ilhas Marshall.
Esta nova resolução de condenação ONU já foi aprovada em 21 ocasiões, a primeira vez em 1992 com 59 votos a favor, três contra e 71 abstenções, e a última no ano passado com 186 apoios.
Antes da votação, o ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, denunciou um "persistente recrudescimento" do embargo contra Cuba durante os primeiros quatro anos do governo de Barack Obama.
"É um ato de agressão e uma ameaça permanente contra a estabilidade de um país. É também uma grosseira violação das normas de comércio internacional, da livre navegação, e dos direitos soberanos dos Estados", indicou.
Os EUA afirmaram que "é um dos principais parceiros comerciais de Cuba" apesar do embargo e ressaltou que a resolução busca "um bode expiatório exterior à má situação econômica" da ilha, pela qual culpou as políticas do regime comunista.
Previamente, os países da América Latina e do Caribe fizeram uma nova chamada conjunta para pedir o final do embargo ao considerar que é contrário aos princípios da Carta das Nações Unidas e as regras do direito internacional.
O embargo foi imposto de maneira oficial em fevereiro de 1962, sob a Administração do presidente John F. Kennedy, mas o governo americano já havia imposto algumas sanções em 1959, ano do triunfo da revolução cubana.
-
Afastar garantias individuais em decisões sigilosas é próprio de regimes autoritários
-
Censura clandestina praticada pelo TSE, se confirmada, é motivo para impeachment
-
“Ações censórias e abusivas da Suprema Corte devem chegar ao conhecimento da sociedade”, defendem especialistas
-
Brasil e Argentina: como andam as relações entre os dois países?
Deixe sua opinião