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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deve se reunir nesta sexta à tarde para discutir a situação da Líbia, provavelmente com a presença do secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon, informou nesta tarde a embaixadora Maria Luiza Viotti, que preside o conselho este mês. Ela evitou, no entanto, informar que posição o Brasil vai defender sobre o assunto, dizendo apenas que o País "também está fazendo consultas".

"Os membros mostraram muito interesse de que o Conselho de Segurança continue a acompanhar a situação, mas também querem obter informações mais precisas do que está acontecendo", afirmou. "Haverá consultas com os membros após o briefing do secretário-geral e só então poderemos ter algum resultado", completou a embaixadora.

A situação na Líbia acabou sendo incluída na reunião de hoje dos 15 países que compõem o Conselho de Segurança, que era para ser apenas sobre Oriente Médio. Outros diplomatas também reiteraram que o conselho está discutindo o tema, mas por enquanto não há nenhuma decisão sobre a futura ação a ser tomada em relação à Líbia, como por exemplo, a adoção de sanções.

"Acho que todas as opções estão sobre a mesa. É um tema que as Nações Unidas estão monitorando e estão em consultas para decidir se haverá alguma resolução", disse o porta-voz da missão dos Estados Unidos na ONU, Patrick Ventrell. "Estamos discutindo qual será o próximo passo. Mas não vamos apenas monitorar, mas adotar ações", garantiu o embaixador alemão Peter Wittig, após a reunião do Conselho.

Outro diplomata, que esteve na reunião e que pediu para não ser identificado, explicou que não se pode esperar que o Conselho tome ações rapidamente em relação à Líbia ou outro país em conflito, ainda que cada dia a mais de turbulência possa significar a morte de mais dezenas ou centenas de civis.

"Num mundo ideal eu gostaria que existisse uma força de capacetes azuis para intervenção rápida. Mas no mundo real, há países que consideram que esse é um assunto doméstico. Nem todos os países pensam do mesmo jeito", acrescentou. Esses países, segundo ele, são conhecidos como os "suspeitos usuais", como China, Rússia e agora também a África do Sul.

O Brasil, representado pela embaixadora Maria Luiza, irá coordenar todos os trabalhos no Conselho este mês. A última vez que o Brasil presidiu o Conselho foi em março de 2005. É a primeira vez que uma brasileira assume a função. Em março, a presidência temporária do Conselho ficará com a China.

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