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O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta quarta-feira a renovação do mandato das forças de paz no Congo por mais cinco meses, ao invés do período normal de um ano, em meio a planos para rever seu papel no turbulento país.

A extensão, segundo diplomatas, dará tempo à ONU para preparar um plano de reformulação da missão de paz, conhecido como Monuc, para focar mais no treinamento do Exército congolês e menos na manutenção tradicional de paz.

O texto da resolução, aprovado por unanimidade pelo conselho de 15 nações, estende a mobilização de cerca de 20 mil soldados uniformizados, a maior tropa da ONU no mundo, até maio de 2010. Mas diplomatas dizem que deverá ser prolongada novamente.

Segundo eles, o Conselho de Segurança está sob pressão do presidente congolês, Joseph Kabila, para criar uma estratégica de saída da Monuc antes do 50o aniversário de independência do Congo de sua antiga metrópole colonial, a Bélgica, em 30 de junho de 2010.

Mas a resolução disse que muita coisa precisava ser feita antes que a retirada da Monuc pudesse ser considerada "sem risco de desencadear um relapso de instabilidade".

Especialistas da ONU e grupos de direitos humanos alegaram sérios abusos tanto por parte do Exército congolês quanto pelos grupos rebeldes no leste da República Democrática do Congo.

Estima-se que mais de 5 milhões de pessoas já morreram no país rico em minérios, muitos de fome e doenças, como resultado de uma guerra civil entre 1998 e 2003 e suas sequelas. Foi essa guerra que levou ao envio da Monuc há 10 anos.

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