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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez nesta segunda-feira um acordo com o presidente do Sudão, Omar al-Bashir, para acelerar os esforços que possibilitem o envio de uma nova missão de paz para a região sudanesa de Darfur.

Será uma missão conjunta da União Africana (UA) e da ONU, e seu posicionamento foi aprovado em 30 de novembro de 2006, em uma cúpula extraordinária africana em Abuja, na Nigéria.

A força de paz, que será composta principalmente por efetivos africanos, deve substituir a atual missão da UA, cujo mandato expira no final de junho, e que foi incapaz de conter o banho de sangue em Darfur.

O conflito armado explodiu em fevereiro de 2003 e, desde então, já deixou mais de 200 mil mortos, e mais de dois milhões de deslocados. Todas as tentativas de pôr fim as hostilidades realizadas até o momento fracassaram.

Ban se reuniu com o presidente do Sudão a fim de analisar este tema, em um dos descansos da cúpula semestral da UA que começou nesta segunda-feira, na capital, e que terminará amanhã.

- Concordamos na necessidade de acelerar os esforços conjuntos da União Africana e das Nações Unidas para o processo político, e para os preparativos da missão de paz - disse Ban, em uma declaração entregue aos jornalistas no final da reunião.

O secretário-geral da ONU acrescentou que tinha feito um pedido a Bashir e a todas as partes envolvidas no conflito de Darfur, para pôr fim das hostilidades, um passo fundamental em favor "de um processo de paz bem-sucedido".

Em sua reunião com o governante sudanês, Ban lhe informou que uma missão conjunta da União Africana e da ONU viajará para Darfur no começo de fevereiro, para apoiar os esforços de paz.

A delegação da ONU será liderada por Jan Eliasson, e a da UA, por Salim A. Salim.

Segundo os acordos aprovados pela UA em 30 de novembro, a próxima força de paz em Darfur será "essencialmente africana", e estará sob comando africano, embora com o apoio da ONU. Mas ainda não se sabe quando será postada, e qual será o número de soldados.

Bashir havia se oposto taxativamente ao posicionamento das tropas do organismo em Darfur, por considerar que lesavam a soberania do Sudão, embora não se opusesse à presença de efetivos de paz de um contingente africano.

A atual força de paz é integrada por cerca de 7 mil homens. A ONU tinha proposto enviar um contingente de 17 mil tropas, a fim de substituir os soldados africanos.

Mas, uma vez que o Sudão se opôs a este posicionamento da ONU, o mandato da força africana de paz foi estendido até o final de junho, data na qual se espera que a nova missão conjunta da UA e da ONU já esteja formada.

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