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A ONU declarou nesta segunda-feira (23) que investiga no Haiti duas denúncias de abusos sexuais a menores nas quais supostamente estão envolvidos vários membros das forças de paz do organismo que estão desdobradas no país caribenho.

A Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah) informou no último dia 16 de janeiro dos casos, acontecidos em Porto Príncipe e na localidade de Gonaives, e uma equipe do organismo partiu no fim de semana passado para investigar as denúncias, segundo indicou o porta-voz das Nações Unidas, Martin Nesirky.

Trata-se de duas denúncias de "exploração sexual e abuso de menores", uma contra membros das forças de paz da ONU que têm sua base na capital e outra contra "um ou mais membros" das tropas do organismo em Gonaives, no norte do Haiti.

"Os agentes acusados foram afastados de suas funções para reduzir qualquer contato com a população local enquanto dure a investigação", explicou Nesirky, que evitou oferecer informação sobre a nacionalidade dos supostos autores dos abusos.

As acusações são motivo "de indignação" para as Nações Unidas, segundo acrescentou o porta-voz do organismo, ressaltando que a ONU enfrenta "com extrema seriedade" sua responsabilidade de estudar as denúncias.

O porta-voz também indicou que já entrou em contato com os países de origem dos denunciados, mas ressaltou que, ao contrário dos casos de abusos nos quais está envolvido pessoal militar, a resposta às acusações é "responsabilidade das Nações Unidas".

"A Minustah dará passos para apoiar às supostas vítimas", continuou Nesirky, frisando que para os responsáveis da missão do organismo é de vital importância "tanto prevenir como atuar com rapidez quando aparecem acusações deste tipo".

Marinheiros

Estes casos de supostos abusos a menores são divulgados depois que cinco marinheiros uruguaios integrantes da Minustah foram processados e presos em setembro do ano passado pela Justiça militar de seu país pelo suposto estupro de um jovem haitiano que pediu depois uma indenização de US$ 5 milhões.

Os abusos aconteceram na localidade de Port Salut, no sul do Haiti, e foram divulgados pela Internet através de um vídeo gravado com telefone celular.

Em sua defesa, os militares uruguaios, que admitiram que conheciam o jovem, disseram que se tratou de uma "brincadeira de mau gosto".

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