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O êxodo de trabalhadores estrangeiros da Líbia, que deixam o país do norte da África fugindo da violência e do caos, chegou nesta terça a 140 mil, com a situação atingindo um "ponto de crise" e 14 mil pessoas cruzando a fronteira da Líbia para a Tunísia em apenas um dia, informou o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

A situação ficou mais complicada nos últimos dias e trabalhadores humanitários não conseguem mais entrar no oeste da Líbia, disseram funcionários. "A situação está chegando a um ponto de crise", disse Melissa Fleming, porta-voz da ACNUR. Segundo trabalhadores humanitários na fronteira, até 75 mil pessoas saíram da Líbia e entraram na Tunísia nos últimos cinco dias. Ontem, 14 mil fugiram para a Tunísia, e a ACNUR informa que outras 15 mil pessoas entram na Tunísia hoje, disse Fleming.

Outras 69 mil pessoas fugiram da Líbia para o Egito nos últimos dez dias. Muitos desses refugiados são egípcios e foram levados a outras cidades no interior do Egito, disseram autoridades. Milhares de vietnamitas e bengaleses estão no lado líbio da fronteira com a Tunísia, "com uma necessidade urgente de comida, água potável e abrigo", disse Jemini Pandya, uma porta-voz da Organização Internacional da Imigração (OII). Nepaleses, nigerianos e ganenses também estão espalhados em grupos ao redor da fronteira, sem abrigo.

"Com milhares de imigrantes ainda esperando autorização para entrar na Tunísia, existe uma necessidade urgente de descongestionar a região da fronteira, a qual não tem instalações adequadas para alojar grandes números de pessoas", disse Marc Petzold, chefe da OII na Tunísia.

Trabalhadores imigrantes em fuga também são alvejados pelos insurgentes líbios, que muitas vezes os confundem com os mercenários africanos que o governante líbio, Muamar Kadafi, trouxe para esmagar a insurgência. As informações são da Associated Press.

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