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A Organização das Nações Unidas nomeou nesta segunda-feira a diplomata costarriquenha Christiana Figueres, veterana em negociações climáticas, para dirigir o Secretariado de Mudança Climática da entidade, e promover avanços nas conversas internacionais para conter as emissões de gases-estufa do mundo.

Figueres, de 53 anos, substituirá o holandês Yvo de Boer como chefe do secretariado da ONU a partir de 1o de julho.

Ela derrotou o ex-ministro sul-africano de Meio Ambiente Marthinus Van Schalkwyk, para uma posição que significa fazer avançar um acordo que suceda o Protocolo de Kyoto após o decepcionante encontro em Copenhague, em dezembro.

"A senhora Figueres é uma líder internacional em estratégias sobre as mudanças climáticas e traz a essa posição uma paixão pela questão, profundo conhecimento e experiência valiosa com o setor público, setor não-privado e setor privado", disse o porta-voz da ONU, Martin Nesirky.

Sua principal tarefa será coordenar as discussões que levem à adoção de um novo tratado climático global, possivelmente no encontro ministerial programado para o final de novembro em Cancún, no México.

Uma fonte ligada à questão disse: "Ela é uma negociadora querida e competente. Se eles queriam um tecnocrata, ela é provavelmente a melhor possível".

Figueres participa desde 1995 da equipe de negociações climáticas do seu país, e já ocupou vários cargos importantes no processo climático da ONU. O pai dela, José Figueres, foi três vezes presidente da Costa Rica.

"Ela é respeitada e tem uma compreensão íntima dos problemas", disse uma fonte.

De Boer deixa o Secretariado Climático em 1o. de julho, após quase quatro anos no cargo. Seus antecessores foram de Canadá, Holanda e Malta, e já havia a expectativa de que desta vez o indicado seria de um país em desenvolvimento.

Van Schalkwyk, atualmente ministro do Turismo da África do Sul, era tido como favorito em parte porque vem de um grande país emergente, um grupo do qual participam também nações como Brasil, China e Índia.

Mas uma fonte disse que pequenos países insulares em desenvolvimento - que estão entre os mais ameaçados pela mudança climática - fizeram uma forte campanha por Figueres, porque preferiam alguém de uma nação menor.

"Ela teve o apoio de muitos nos países em desenvolvimento", disse uma fonte. "Foi uma guinada surpreendente quando muitos achavam que Marthinus se encaminhava para a vitória."

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