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O representante na Colômbia do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Christian Salazar, pediu ontem à guerrilha colombiana das Farc que liberte "sem condições" todos os seus sequestrados e que respeite os Direitos Humanos.

"Pedimos a libertação imediata de todos os sequestrados, sem condições", disse Salazar, que considerou que as Farc devem libertar não só militares, como também civis. "Não pode ser um procedimento (de libertação) gota a gota. Temos que pôr fim a esta prática (do sequestro) por completo", acrescentou, ressaltando que o sequestro é uma "prática desumana que poderá ser classificada como crime de guerra".

O pedido do delegado da Organização das Nações Unidas ocorre em meio à expectativa de libertação neste fim de semana de dois militares colombianos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. A operação para receber na selva colombiana o sargento Pablo Emilio Moncayo e o soldado Josué Calvo começará na quinta-feira quando a senadora Piedad Córdoba viajar para São Gabriel da Cachoeira (Brasil), de onde partirão os dois helicópteros da Força Aérea brasileira que participarão da operação.

Além de Moncayo e Calvo, o grupo guerrilheiro mantém em cativeiro outros 21 militares e policiais que propõe trocar por cerca de 500 rebeldes presos, o que o presidente colombiano Alvaro Uribe rejeita. As Farc também mantêm um número não determinado de civis em seu poder para fins extorsivos. "O sequestro, de civis ou de membros das forças de segurança, para nós é o ser humano sequestrado. Não fazemos distinções e pedimos a libertação de todos os sequestrados", afirmou Salazar em uma entrevista coletiva à imprensa.

Recentemente, a senadora Córdoba assegurou que as libertações de Calvo e Moncayo "serão as últimas unilaterais feitas pelas Farc".

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