Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
PIB de 2025

ONU projeta forte crescimento econômico da Argentina e desaceleração de Brasil e México

Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento projetou que o PIB da Argentina, do presidente Javier Milei, vai crescer 5% após dois anos de recessão (Foto: EFE/Juan Pablo Pino)

Ouça este conteúdo

Em um 2025 marcado por tensões comerciais e incertezas, a economia latino-americana pode mostrar alguma resiliência e experimentar um crescimento de 2,3%, um décimo de ponto percentual a mais que em 2024, indicou a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês).

Em suas perspectivas econômicas para 2025, publicadas nesta quarta-feira, a UNCTAD prevê uma taxa de crescimento do produto interno bruto (PIB) para a América Latina idêntica à média global, mas superior à de Estados Unidos e União Europeia (ambos 1%) e inferior à de China (4,4%) e Índia (6,5%).

No entanto, o relatório adverte que a região latino-americana pode ser particularmente afetada por mudanças políticas nos EUA, especialmente em relação ao comércio e à imigração.

Também prevê que os bancos centrais latino-americanos, com exceção do Brasil, continuarão uma flexibilização de suas políticas monetárias à medida que as pressões inflacionárias diminuírem.

A UNCTAD também prevê uma reviravolta de 180 graus nas tendências macroeconômicas da Argentina, que passaria de dois anos de recessão (seu PIB caiu 1,6% em 2023 e 1,7% em 2024) para atingir este ano um crescimento de 5%, um dos mais altos entre as economias estudadas no relatório.

Para a média regional, essa recuperação da economia argentina pode compensar as desacelerações previstas pela UNCTAD em países como Brasil, onde o crescimento deve cair de 3,4% para 2,2%, e no México, cujo aumento do PIB deve baixar de 1,2% para 0,5%.

Na Argentina, a agência das Nações Unidas prevê uma recuperação “impulsionada por uma recuperação nos salários reais e nos gastos das famílias, enquanto melhores condições de financiamento ajudariam a fortalecer o investimento privado”.

VEJA TAMBÉM:

Conteúdo editado por: Fábio Galão

Use este espaço apenas para a comunicação de erros