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Os ministros da Opep iniciaram, neste domingo, uma reunião em Viena para decidir se estabelecem novas metas de produção ou se mantêm os limites atuais em um cenário de estoques acumulados e uma economia mundial em crise.

Ministros dos 12 países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) disseram que o primeiro item da pauta é a aplicação mais severa dos acordos de setembro para reduzir as metas de produção em 4,2 milhões de barris por dia (bpd).

Mas o grupo ainda tem que decidir se aprofunda ou não os cortes para conter uma maior queda nos preços e evitar novos acúmulos de estoque à medida que a demanda encolhe.

"Ambos podem acontecer", disse Abdullah al-Badri, secretário-geral da Opep, a repórteres neste domingo quando indagado sobre qual curso de ação os ministros preferem.

As nações consumidoras têm pressionado o grupo para evitar novos aumentos de preço, o que poderia inibir uma recuperação econômica.

A Agência Internacional de Energia (AIE), que representa os países consumidores, disse que o petróleo mais barato representa um estímulo financeiro de 1 trilhão de dólares e que o norte-americano Barack Obama, presidente do maior país consumidor de petróleo do mundo, ligou para o rei saudita Abdullah na semana passada.

Ao chegar a Viena, o ministro saudita do Petróleo, Ali al-Naimi, colocou ênfase no controle das exportações.

"A obediência dos acordos é muito importante", disse Naimi aos repórteres. "Gostaríamos de ver o máximo de obediência. Atualmente está em 80 por cento, e pode melhorar."

Ele afirmou ainda que o preço atual do petróleo, de cerca de 46 dólares por barril, não é suficiente para sustentar a nova produção e ecoou o comentário do rei Abdullah, que disse no ano passado que 75 dólares por barril seria um preço razoável.

"É como dissemos antes. Se você quer que os pequenos produtores produzam, aqueles que estão fechando seus poços agora, eles precisam de algo em torno de 70-75 dólares por barril. Todos ficariam felizes", disse Naimi pouco antes da reunião deste domingo.

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