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O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal movimento da oposição Síria, imputou ao regime do presidente Bashar al Assad "a responsabilidade direta" por dois atentados que deixaram mais de 44 mortos em Damasco nesta sexta-feira.

Ao menos 44 pessoas morreram e 166 ficaram feridas na sexta-feira (23) em dois atentados suicida com carro-bomba em Damasco, atribuídos pelas autoridades à Al-Qaeda, no dia seguinte à chegada a esta capital de uma missão para preparar a entrada ao país de observadores da Liga Árabe.

"O regime sírio, sozinho, tem toda responsabilidade direta nas duas explosões terroristas", escreveu o CNS em comunicado. O regime "quis dirigir uma mensagem de advertência aos observadores (da Liga Árabe) para que não se aproximem dos centros de segurança", segundo eles.

O que o regime busca com estes atentados é dar a impressão "ao mundo que enfrenta um perigo vindo do exterior e não uma revolução popular com a qual se pede liberdade e dignidade", continuou o CNS.

Por outro lado, o CNS acusa o regime de ter transferido "milhares de presos a guarnições militares fortificadas" onde os observadores da Liga Árabe não têm acesso.

As emendas exigidas pela Síria, e aprovadas pela organização pan-árabe, ao protocolo que enquadra a missão de observadores estipulam que estes últimos estão autorizados a visitar os centros de detenção, os hospitais, as delegacias, mas não as guarnições militares por razões de "soberania nacional".

Por outro lado, o regime "advertiu os médicos e todos aqueles que trabalham nos hospitais para que não falassem com observadores".

Para o CNS, o objetivo das autoridades é esconder dos observadores "qualquer rastro que provem os assassinatos, os atos de tortura e as valas comuns".

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