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Mesmo que o ditador Muamar Kadafi seja varrido do poder pela população, numa repetição do que ocorreu na Tunísia e no Egi­­to, a Líbia teria poucas condições de seguir uma transição pacífica e coordenada.

Após quatro décadas de domínio absoluto e arbitrário do clã Kadafi, a Líbia carece não tem sequer uma frente oposicionista significativa e organizada.

O único partido político autorizado no país é o Congresso Ge­­ral do Povo, comandado pelo go­­verno e onipresente nas administrações locais e regionais.

A Ir­­mandade Muçulmana, grupo fundado no vizinho Egito, tem uma filial na Líbia, mas suas ações políticas e sociais foram se­­veramente reprimidas pelo re­­gime.

Grupos religiosos líbios se uni­­ram ontem para divulgar comunicado dizendo que é obrigação de todos os muçulmanos se rebelarem contra Kadafi por causa dos "numerosos crimes sangrentos contra a humanidade’’.

Mas as lideranças islâmicas líbias estão divididas e não têm grande representatividade nem notoriedade.

O mesmo ocorre com grupos políticos dissidentes radicados no exterior. Entre eles estão o Movimento Líbio por Reforma, com sede em Londres, a Aliança Nacional Líbia, no Cairo, e a Frente Nacional pela Salvação da Líbia, em Cartum.

"A oposição no exílio é pequena e descoordenada. Portanto, será preciso um longo período para que uma nova ordem política se estabeleça", afirmou à agência de notícias Reuters Phi­­lip McCrum, consultor britânico especializado em Oriente Médio.

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