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Um grupo oposicionista egípcio convocou novos protestos para nesta quarta-feira. Na terça, houve grandes manifestações contra o governo de 30 anos do presidente Hosni Mubarak. Pelo menos três manifestantes e um policial morreram, segundo médicos e autoridades.

O grupo jovem pró-democracia Movimento 6 de Abril, que havia organizado os protestos de terça, pediu às pessoas que fossem novamente à praça principal do Cairo hoje. As manifestações estão sendo planejadas por meio de redes de relacionamento como o Twitter e o Facebook.

Ontem, houve o chamado "dia de fúria", inspirado nos protestos na Tunísia. Os manifestantes pediam a saída de Mubarak do poder e cobravam "pão, liberdade e dignidade". Os protestos foram considerados os maiores e mais importantes desde os ocorridos no país em 1977, quando houve grandes manifestações pedindo subsídios para a compra de pão em uma das maiores nações árabes do mundo. Neste ano, está prevista a realização de uma eleição presidencial no Egito.

A Casa Branca pediu que o governo egípcio ouça os apelos do povo. Em comunicado, o governo dos Estados Unidos notou que a administração Mubarak deveria realizar "reformas políticas, econômicas e sociais que podem melhorar suas vidas e ajudar o Egito a prosperar". Já a ministra das Relações Exteriores da França, Michele Alliot-Marie, lamentou a perda de vidas e pediu mais democracia "em todos os países". A chanceler notou que a França não pretende interferir em assuntos internos de outros países, mas disse que os princípios franceses incluem "mais democracia e a liberdade em todos os Estados".

Questionada sobre um paralelo com a Tunísia, onde um levante popular derrubou o presidente Zine El Abidine Ben Ali do poder, após 23 anos, ela disse que as "situações são diferentes em cada país". O governo de Paris foi criticado por seu silêncio durante os protestos na Tunísia, uma ex-colônia francesa. A ministra foi pressionada a renunciar, após ser revelado que ela ofereceu apoio francês para o regime de Ben Ali tentar controlar os protestos.

Repressão

Nesta quarta-feira, a polícia já está preparada para novos protestos no Cairo. O Ministério do Interior afirmou em comunicado que a polícia não tolerará nenhuma manifestação, nem marchas ou outros protestos. As autoridades informaram que 200 manifestantes foram detidos e que o número de presos pode aumentar, após a análise de vídeos gravados pela polícia durante os protestos. Cerca de 250 pessoas ficaram feridas. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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