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Maduro sofreu duro golpe nas eleições legislativas. Segundo oposição, partido do presidente tenta agora um ‘golpe judicial’ | JORGE DAN LOPEZ/REUTERS
Maduro sofreu duro golpe nas eleições legislativas. Segundo oposição, partido do presidente tenta agora um ‘golpe judicial’| Foto: JORGE DAN LOPEZ/REUTERS

A oposição venezuelana denunciou nesta terça-feira (22) que o governo chavista impugnou 22 parlamentares eleitos nas legislativas de 6 de dezembro passado, em uma ação que chamou de “golpe de Estado judicial”.

“De forma insólita, hoje iniciaram os trâmites para acatar um recurso do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) contra 22 deputados do povo, e não da MUD. São representantes populares”, disse em entrevista coletiva o secretário-executivo da Mesa da Unidade Democrática, Jesús Torrealba.

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O recurso foi apresentado pelo PSUV à sala eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), assinalou Torrealba.

O secretário-executivo da MUD destacou que trata-se de um “recurso contencioso eleitoral ordinário, mas acompanhado de uma medida cautelar contra a proclamação de 22 deputados”, que se for admitido impedirá a posse destes parlamentares no próximo dia 5 de janeiro, quando será instalada a nova Assembleia.

O dirigente lembrou que o pedido de impugnação foi recebido pelo TSJ apesar do anúncio no site do tribunal de que a sala eleitoral estaria em recesso entre 11 de dezembro e 7 de janeiro.

Nas eleições legislativas, a MUD obteve uma esmagadora vitória e elegeu dois terços dos deputados (112 de 167 cadeiras), acabando com 16 anos de hegemonia chavista no Legislativo.

Esta ampla maioria permite à oposição reduzir o mandato do presidente Nicolás Maduro, que termina em 2019, mediante um referendo revogatório, uma emenda constitucional ou uma assembleia constituinte.

“Não vacilamos em qualificar isto como uma tentativa de golpe de Estado judicial contra a vontade do povo expressada de forma nítida, clara e pacífica no dia 6 de dezembro”, afirmou Torrealba sobre o recurso apresentado pelo chavismo.

O dirigente informou que comunicou os fatos à Organização dos Estados Americanos (OEA), à União das Nações Sul-Americanas (Unasul), à União Europeia (UE) e aos chefes dos Parlamentos da região.

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