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Lisboa (AFP) – Os eleitores portugueses desferiram um duro golpe aos socialistas no poder ao dar a vitória à oposição de centro-direita nas maiores cidades do país – Lisboa, Porto e Sintra –, nas eleições municipais de ontem, de acordo com as pesquisas de boca-de-urna da rede de televisão pública RTP. Em Lisboa, Antonio Carmona Rodrigues, candidato independente à prefeitura apoiado pelo Partido Social Democrata (PSD, centro-direita), ficaria entre 40% e 44% dos votos. Em Porto, a segunda maior cidade do país, Rui Rio, do PSD, ganharia com entre 43% e 48% dos votos, indica a pesquisa. Em Sintra, perto de Lisboa, outro candidato do PSD, Fernando Seara, conquistaria a prefeitura tendo obtido entre 43% e 47% dos votos.

Outra pesquisa realizada pelo Instituto Intercampus para a rede de televisão independente TVI também aponta a vitória do PSD nas três principais cidades de Portugal, que já têm prefeitos afiliados a este partido.

Boca-de-urna

O ex-presidente de Portugal Mário Soares, que em janeiro de 2006 disputará um terceiro mandato como chefe de Estado, pode ter violado a lei eleitoral com uma frase de apoio a seu filho, João Soares. Fontes da Comissão Nacional de Eleições (CNE) disseram à agência Lusa que Soares infringiu a legislação ao pedir votos para seu filho, que disputa a prefeitura de Sintra, cidade próxima a Lisboa.

Ao deixar a seção eleitoral em que votou, Soares disse aos jornalistas que "todo o mundo sabe" que há um empate técnico (em Sintra). "Espero que (a situação) se decida a favor do candidato socialista, ou seja, João Soares", disse. Para o porta-voz da CNE, Nuno Godinho de Matos, tais declarações "violam claramente" as normas que regulam as eleições municipais, nas quais é proibido pedir que se vote num candidato no dia do pleito, sob pena de até seis meses de prisão ou uma suspensão de 60 dias. O funcionário afirmou ainda que a CNE informará o Ministério Público do ocorrido.

Segundo as informações divulgadas, Mário Soares já violou a lei eleitoral no dia 20 de fevereiro, nas eleições legislativas, quando pediu aos portugueses que dessem "maioria absoluta ao Partida Socialista". No mês passado, Mário Soares apresentou sua candidatura à Presidência, 10 anos após sua saída do Palácio de Belém.

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