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La Paz - Líderes políticos e empresariais dos departamentos (Estados) bolivianos de Santa Cruz e Beni, governados pela oposição, suspenderam ontem e a greve de fome de protesto contra o governo do presidente Evo Morales, que já durava duas semanas, em preparação para as assembléias populares que realizam hoje para reivindicar sua autonomia em relação a La Paz.

Outros dois departamentos, Tarija e Pando, decidiram manter o jejum. Mais de 600 pessoas aderiram à greve, entre elas 31 parlamentares e os quatro governadores da oposição.Os oposicionistas protestam contra o sistema de votação na Assembléia Constituinte aprovada pela bancada governista, por maioria simples, e defendem a aprovação dos artigos da nova Carta por dois terços.

As assembléias populares - chamadas lá de "cabildos’ ‘- ocorrem simultaneamente nas capitais dos quatro departamentos da chamada "meia lua’’. Mas a concentração principal será em Santa Cruz, motor econômico do país e principal bastião da oposição a Morales.

O movimento é por maior autonomia administrativa em relação a La Paz. Mas, na semana passada, os governadores chegaram a ameaçar declarar independência nos cabildos.

No referendo sobre a autonomia departamental realizado em julho junto com a eleição dos constituintes, o "sim’’ ganhou nesses quatro departamentos, enquanto o "não’’, defendido por Morales, ganhou nos demais cinco departamentos bolivianos.

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