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Dezenas de milhares de manifestantes xiitas voltaram às ruas de Manama na terça-feira para exigir a deposição do governo sunita, no maior evento da atual onda de protestos, iniciada na semana passada.

Sob comando dos grupos oposicionistas Wefaq e Waad, esse foi o primeiro protesto organizado, depois das manifestações espontâneas convocadas por jovens em redes sociais. Novamente os manifestantes se aglomeraram na praça Pérola, queixando-se de discriminações da monarquia sunita contra a maioria xiita da população.

"Alguns querem a saída da família (real sunita), mas a maioria (deseja) só a (saída) do primeiro-ministro", disse o manifestante Abbas al Fardan. "Queremos um novo governo, as pessoas precisam governar o país."

Pelo atual sistema, os barenitas elegem um Parlamento que tem poucos poderes, e as principais decisões ficam nas mãos de uma elite que gira em torno da família Al Khalifa.

Essa dinastia governa o Bahrein há 200 anos, e domina um gabinete comandado pelo tio do atual monarca, que é o primeiro-ministro desde o fim do colonialismo britânico, em 1971.

Também na terça-feira, Hassan Mushaimaa, líder do movimento oposicionista Haq, decidiu adiar sua volta ao país. Mushaimaa, que vive em Londres, havia anunciado que chegaria na terça-feira à noite ao Barein, a fim de testar a disposição do governo para dialogar com a oposição.

Ele vive em Londres e foi uma das 25 pessoas julgadas no ano passado por causa de uma suposta tentativa de golpe. Mas o rei Hamad bin Isa indicou na segunda-feira que o processo será arquivado e que presos políticos seriam soltos.

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