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O Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal facção opositora ao regime de Bashar al Assad, afirmou nesta quarta-feira (11) que está preocupada com as manobras navais russas realizadas no litoral do país árabe.

Membros do CNS se reuniram em Moscou com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov. "Discutimos este assunto com a Rússia. Nos preocupa o fato de que as manobras ocorram num momento tenso e com nossa chegada aqui (Moscou)", afirmou em entrevista coletiva Burhan Galion, um dos dirigentes do CNS.

Galion, quem participou das consultas do CNS com diplomatas russos, disse que Moscou explicou que as embarcações que partiram com destino para a base russa no porto sírio de Tartus realizarão manobras de rotina.

O navio de desambarque "Cesar Kunikov" da frota do Mar Negro, com uma unidade de fuzileiros a bordo, partiu nesta quarta-feira rumo ao Mediterrâneo, onde se juntará a outras embarcações de guerra russas.

A pequena frota russa na região possui entre seus navios o "Admiral Chabanenko", que conta com uma tripulação de 220 homens, além de estar aparelhado com mísseis supersônicos e levar dois helicópteros.

Galion também criticou Moscou por fornecer armamento ao regime de Damasco. A Rússia afirma que o armamento enviado é apenas de defesa e que não pode ser utilizado para reprimir uma revolta civil.

"O povo sírio não entende a política russa. Como podem nossos amigos seguir fornecendo armas para este regime? Como podem recorrer ao veto no Conselho de Segurança?", reclamou.

Outro dirigente do CNS, Abdulbasit Seida, ressaltou que "o povo sírio sofre por culpa da Rússia. O atual regime utiliza as armas russas contra seu próprio povo".

"Rússia deve obrigar o regime a deixar de assassinar seus próprios cidadãos", defendeu. Já Galion ressaltou que "se não fosse pelo apoio político, cultural, espiritual e militar por parte da Rússia, o governo de Assad não poderia continuar com sua política repressora contra o povo".

"O regime sírio sente que pode continuar os assassinatos, sente que de seu lado estão a Rússia e o Irã. Seja qual for a máscara que se coloque, esta é uma política de apoio ao regime e que permite a continuação da violência", afirmou Galion.

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