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Por sugestão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, a oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode negociar um acordo com o governo na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, para permitir que a Venezuela ingresse no Mercosul.

O relator da proposta, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), admite rever seu parecer contrário à participação da Venezuela, desde que o governo Hugo Chávez assine compromisso se comprometendo a respeitar os protocolos políticos e econômicos do Mercosul, que passam por garantias democráticas e econômicas, como o respeito à oposição e à propriedade privada.

O prefeito passou três horas e meia em audiência pública na Comissão, onde relatou fatos segundo os quais seu país não viveria uma democracia plena. De acordo com ele, "não há respeito aos direitos humanos nem liberdade de expressão" na Venezuela.

Ainda assim, argumentou que o Estado não pode ser confundido com o governo, "que é circunstancial", e pediu aos senadores brasileiros que adotem uma "fórmula" conciliatória: "Que a Venezuela se enquadre ao Mercosul e que o governo dê garantias de respeito e acatamento aos protocolos assinados".

Ledezma declarou-se defensor da integração e ponderou que, "quanto mais isolado estiver o presidente Chávez, mais perigoso ele será para a integração e a paz". A votação na CRE está marcada para a quinta-feira.

Não foi só o pedido do prefeito que sensibilizou a oposição. Pesa na boa vontade do relator tucano em acionar a consultoria jurídica, para ver em que base poderia modificar seu relatório, uma constatação de ordem pragmática: "O governo tem voto para passar o trator sobre a oposição", admite Tasso.

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