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Após dois meses no exterior, o principal líder da oposição no Zimbábue, Morgan Tsvangirai, do Movimento pela Mudança Democrática, retornou ao país e disse que não será forçado a entrar em um governo de unidade nacional. Porém, Tsvangirai afirmou que pretende encontrar uma solução política e ajudar o país a sair do total colapso. Ele planeja se encontrar amanhã com o presidente Robert Mugabe, seu rival, em uma reunião com a presença dos presidentes de África do Sul e Moçambique e de um mediador regional.

Tsvangirai deve manter conversas com seu partido sobre a possibilidade de se retirar de um acordo para divisão do poder, fechado em setembro, mas nunca implementado. Apesar do acordo, o partido de Mugabe ficou com quase todos os ministérios mais importantes, apontou os líderes provinciais e o presidente do Banco Central, acusado de ser responsável pela caótica situação econômica zimbabuana, com uma inflação anual de 231 milhões por cento.

Tsvangirai venceu o primeiro turno das eleições presidenciais em março passado, porém se retirou do segundo turno por causa da violência. Pelo pacto, ele seria o primeiro-ministro e Mugabe o presidente.

Mais de 5 milhões de zimbabuanos precisam de ajuda para conseguir comer, em uma população de pouco mais de 11 milhões. O colapso do sistema de tratamento de água levou a uma epidemia de cólera que já matou mais de 2.225 pessoas, deixou outras 42.675 doentes e se espalhou pelas fronteiras do país localizado no sul da África.

O país também enfrenta problemas no ensino, afetado pelo caos econômico, e no sistema de saúde - médicos e enfermeiros estão em greve permanente pela perda de poder de compra dos seus salários.

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