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| Foto: Miguel Gutierrez

O Ministério Público da Venezuela indiciou ontem a ex-deputada María Corina Machado, da oposição, suspeita de ligação a um suposto plano para assassinar o presidente Nicolás Maduro. Não está claro se a deputada deposta enfrentará o julgamento pelo crime de conspiração em liberdade ou atrás das grades. Se condenada, ela pode ser sentenciada a uma pena que varia de oito a 16 anos de prisão.

María Corina, que liderou várias manifestações no início do ano contra o governo, chamou as acusações de uma farsa destinada a desviar a atenção dos venezuelanos da crise econômica que o país atravessa.

"Se acreditam que com ameaças, com chantagens, com pressões vão nos calar, estão enganados. Não tenho medo. Não podemos ter medo. Somos uma enorme maioria que deseja uma mudança profunda", disse a ex-deputada a jornalistas diante do Palácio de Justiça.

Em maio, o Ministério Público abriu uma investigação após denúncia de deputados por um suposto plano para um atentado contra Maduro. O dirigente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e prefeito de Caracas, Jorge Rodríguez, mostrou vários e-mails atribuídos à ex-deputada e dirigidos a diferentes opositores venezuelanos. Nas mensagens, o remetente dizia que chegara a hora de obter fundos para aniquilar Maduro.

María Corina reconheceu que os e-mails correspondiam ao seu endereço eletrônico, mas afirmou que já não usava essa conta. A ex-deputada afirmou ainda que não desejava o assassinato do presidente, mas sua renúncia.

A opositora perdeu seu mandato depois de tentar participar de uma sessão da OEA como parte da delegação do Panamá para denunciar violações aos direitos humanos na Venezuela.

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