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Nome de Oprah Winfrey foi mencionado por fontes democratas como candidata a ser embaixadora dos EUA no Reino Unido. | Rich Schmitt/AFP
Nome de Oprah Winfrey foi mencionado por fontes democratas como candidata a ser embaixadora dos EUA no Reino Unido.| Foto: Rich Schmitt/AFP

Quando Barack Obama subiu ao palco do Grant Park, em Chicago, para fazer seu primeiro discurso como presidente eleito, duas personalidades aos prantos na platéia chamavam a atenção: o reverendo Jesse Jackson e a apresentadora de TV Oprah Winfrey. Mas os dois choravam por razões bem diferentes.

Jackson, um dos líderes negros da campanha pelos direitos civis, confessaria mais tarde que pensava nos anos de luta pelo fim da segregação racial. Ela, porém, daria entrevista para dizer que chorava porque seu país, afinal, havia eleito um negro que jamais pedira votos pela cor de sua pele.

A geração que transformou a candidatura de Obama num movimento pós-racial agora é chamada "geração O", de Obama e Oprah. "Chorei porque, afinal, meu país fez a escolha certa. Evito falar de política no meu programa porque o público me pediu para não fazer isso, mas continuo participando como cidadã comum", disse Oprah numa rara entrevista à CNN.

Os dois "O" têm mesmo muito em comum. A primeira entrevista de lançamento da candidatura de Obama, em janeiro de 2007, foi feita por ela em seu talk show. Oprah foi militante de primeira hora, indo aos primeiros comícios, ainda no interiorano estado de Iowa.

Depois que Obama foi ao seu programa anunciar a candidatura, Oprah recebeu fortes críticas por sua atuação partidária, sobretudo nas cartas e telefonemas de telespectadores, críticas que impediram que ela fizesse campanha em seu programa de tevê. Oprah ia a comícios, mas em seu talk show evitava falar em política.

Participação

As lágrimas no Grant Park e as pesquisas, segundo as quais mais de 1 milhão de eleitores disseram ter sido influenciados por ela em seu voto, renderam especulações sobre uma possível participação de Oprah no governo. Seu nome foi mencionado por fontes democratas como candidata a ser embaixadora dos EUA no Reino Unido, um dos postos mais ambicionados da diplomacia americana. Mas os planos dela são bem diferentes.

Oprah vai abrir seu canal de tevê em 2009, com a sigla OWN (próprio, em inglês). A personalidade mais conhecida da TV americana, eleita pela revista Forbes a mulher negra mais poderosa do século 20, vai deixar a emissora ABC antes do fim de seu contrato (que expira em 2011) e agora quer revolucionar a programação com a mesma mistura de entretenimento e jornalismo que fez sua carreira, só que com ênfase mais forte em campanhas humanitárias.

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