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Canal RCTV da Venezuela sai do ar

Com lágrimas nos olhos, artistas, jornalistas e outros funcionários da emissora privada agradeceram ao público pelo apoio e por todas as demonstrações de solidariedade.

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Segundo a entidade, o fechamento, em 28 de maio, da RCTV - o mais antigo canal de televisão venezuelano, com 53 anos - "pode ser o primeiro passo de um progressivo desaparecimento da imprensa de oposição".

"Ao tratar a Globovisión de 'inimigo da pátria' (...), o presidente Hugo Chavez dá mostras de paranóia e intolerância. (...) Os meios de comunicação críticos vão sumir, até que só restem os pró-governamentais", declarou a RSF em comunicado.

A entidade lembrou que esta semana, o ministro de Comunicação de Caracas, William Lara, apresentou uma denúncia contra o canal privado Globovisión, segundo a qual ele teria emitido informações "incitando a violência".

Segundo o ministro, as imagens divulgadas pela televisão da tentativa de assassinato do Papa João Paulo II, em 1981, com a música de fundo "Isto não termina aqui" de Rubén Blades, era um apelo ao assassinato de Chávez.

O diretor do canal, Alberto Ravell, e o apresentador do programa em questão, Leopoldo Castillo, poderiam ser condenados por isso, apesar de garantirem que não incitaram a morte do presidente.

Ao mesmo tempo, a organização denunciou as atuações do grupo chavista chamado de "Jornalistas pela verdade", divulgadas pela Agência Bolivariana de Informação, em que se diz que dois supostos membros do RSF estariam distribuindo panfletos contra o presidente.

"As acusações são ridículas e infundadas, já que nossa organização não conhece as pessoas mencionadas", garantiu a entidade.

No entanto, a RSF lembrou que o governo venezuelano se negou a receber uma equipe da organização que realizava uma missão na Venezuela de 24 a 28 de maio. "Parece que eles não aceitaram bem que a Globovisión retransmitisse, integralmente e ao vivo, a entrevista coletiva que a nossa organização concedeu no último dia", concluiu a Repórteres Sem Fronteiras.

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