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Vídeo | Reprodução / Paraná TV
Vídeo| Foto: Reprodução / Paraná TV

Buenos Aires – As mulheres argentinas que ousaram exigir informação sobre seus filhos seqüestrados pela ditadura militar que governou o país entre 1976 e 1983 celebraram ontem 30 anos da manifestação que deu origem ao grupo Mães da Praça de Maio.

Os atos, que começaram no domingo e continuaram até a meia-noite de ontem, tiveram como epicentro a histórica Praça de Maio, em frente à Casa Rosada (sede do governo), onde em 30 de abril de 1977 quatorze mães tiveram a coragem de desafiar a ditadura. Desde aquele dia, o número de mulheres que se reunia todas as quintas-feiras para exigir informação sobre os desaparecidos foi aumentando e, em 14 de maio de 1978, foi criada a Associação das Mães da Praça de Maio.

Os dois grupos em que se dividiu a entidade, hoje sinônimo de dignidade e defesa dos direitos humanos no mundo todo, organizaram cerimônias separadas. "Las Madres" sofreram uma cisão após a aprovação de uma lei de reparação econômica aos parentes dos assassinados e desaparecidos, bem como aos que haviam sofrido prisão e torturas por motivos políticos. O setor de Hebe de Bonafini se nega a receber o ressarcimento. A chamada Linha Fundadora considera essa indenização um claro reconhecimento de que houve terrorismo de Estado entre 1976 e 1983, por isso deixa a decisão de receber o dinheiro ou não nas mãos de cada familiar.

De acordo com cálculos oficiais, durante a ditadura desapareceram 18.000 pessoas na Argentina. Grupos de defesa dos direitos humanos, porém, falam em 30.000 desaparecidos.

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