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Manifestante na Ucrânia protesta contra presidente russo Vladimir Putin
Manifestante na Ucrânia protesta contra presidente russo Vladimir Putin| Foto: EFE

O secretário geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou neste domingo que a decisão da Rússia de prolongar sua presença militar em Belarus, após o fim das manobras militares, é um sinal de que o governo russo está "preparando uma invasão à Ucrânia".

Em entrevista à "CBS News", Stoltenberg reagiu ao anúncio de que Rússia e Belarus decidiram prolongar o tempo de inspeção das forças que participaram dos seus exercícios militares para depois deste domingo, quando estava previsto o fim das atividades.

"O fato de estes exercícios, que deveriam terminar hoje, continuarem, se enquadra na ideia de que a Rússia está se preparando para uma invasão da Ucrânia", declarou o secretário geral da Otan.

Stoltenberg se alinhou com a posição dos Estados Unidos, cujo presidente, Joe Biden, disse na sexta-feira que acreditava que o mandatário russo, Vladimir Putin, já tinha tomado a decisão de invadir a Ucrânia.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, também interpretou a extensão das manobras em território bielorrusso neste domingo como um sinal de que a Rússia está "prestes a invadir" a Ucrânia, falando à "CNN".

Stoltenberg afirmou que os exercícios russos e bielorussos estavam "planejados para o outono passado" e, em vez disso, estão ocorrendo agora, "em meio a esta significativa escalada militar em torno da Ucrânia".

Segundo o político norueguês, estes exercícios são o maior destacamento militar em Belarus desde a Guerra Fria. Desde que começaram, em 10 de fevereiro, essas manobras têm gerado preocupações entre o governo de Kiev e os seus parceiros ocidentais.

De acordo com Stoltenberg, a Otan está disposta a "reforçar" ainda mais a sua presença militar a leste da Aliança, à qual a Ucrânia não pertence, no caso de uma invasão russa.

Foi o ministro da Defesa bielorrusso, Viktor Khrenin, quem anunciou neste domingo que a Rússia prolongará a presença militar em Belarus, usando como justificativa a tensão no leste da Ucrânia.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, que já negou os planos de invasão da Ucrânia, disse nesta semana que as manobras russo-bielorrussas são de natureza defensiva e não ameaçam ninguém.

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