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A base militar de Adazi, a 20 quilômetros de Riga, capital da Letônia, acolhe desde 2017 o Grupo de Combate Multinacional da NATO
A base militar de Adazi, a 20 quilômetros de Riga, capital da Letônia, acolhe desde 2017 o Grupo de Combate Multinacional da NATO| Foto: EFE/Julio Gálvez

Os países integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) iniciarão, na próxima semana, a maior série de exercícios militares desde a Guerra Fria, com mais de 90 mil soldados e meses de duração, segundo informou o comandante-geral da organização na Europa, o general Christopher Cavoli, nesta quinta-feira (18).

A operação, apelidada de Steadfast Defender 24 (Defensor Firme 24, em tradução livre), já foi realizada pela organização em outros anos, mas retorna num momento em que a guerra da Rússia contra Kiev ganha novas proporções, com a intensificação dos ataques de Moscou contra grandes cidades ucranianas.

A OTAN não está diretamente envolvida no conflito, no entanto tem mostrado apoio ao governo de Volodymyr Zelensky desde o início dos combates no leste europeu, por meio dos diferentes países que integram a aliança militar. Atualmente, soldados aliados de Putin controlam cerca de 20% do território da Ucrânia.

Cavoli afirmou que os militares participarão de uma série de exercícios conjuntos no qual trabalharão com o cenário de um "ataque russo" a um dos 31 países membros. "A aliança vai demonstrar sua habilidade para reforçar a região do Atlântico e da Europa com um movimento transatlântico de forças", disse.

Apesar disso, o comandante afirmou que as manobras não têm uma motivação específica e acontecem como parte de exercícios anuais da organização.

A OTAN, uma aliança formada pelas Forças Armadas de 31 países do Ocidente, incluindo os EUA, tem como uma de suas propostas o envolvimento em conflitos, caso algum dos países integrantes sejam invadido. Os exercícios ainda contarão com a cooperação de soldados da Suécia, país que ainda não faz parte da aliança, mas já solicitou formalmente seu ingresso.

De acordo com Cavoli, as operações mostrarão que "a OTAN pode conduzir e sustentar operações complexas em vários domínios durante vários meses, ao longo de milhares de quilômetros, desde o Extremo Norte até à Europa Central e Oriental, e em quaisquer condições”, afirmou.

O presidente do Comitê Militar da OTAN, almirante Rob Bauer, disse que esse é “um número recorde de tropas mobilizadas para realizar um exercício desse tamanho, através da aliança, através do oceano, dos EUA à Europa”.

O secretário de Defesa do Reino Unido, Grant Shapps, afirmou que Londres enviará 20 mil soldados apoiados por caças avançados, aviões de vigilância, navios de guerra e submarinos, muitos deles sendo destacados para a Europa Oriental de fevereiro a junho.

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