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Altos funcionários da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da Organização das Nações Unidas (ONU) admitiram nesta sexta-feira que podem enviar mais tropas internacionais para o Afeganistão.

O ministro da Defesa norte-americano, Robert Gates, disse que o presidente Barack Obama ainda vai demorar algumas semanas para decidir se vai alterar a estratégia de guerra.

Durante uma reunião de 28 ministros de Defesa da Otan nesta sexta-feira, Gates disse que os aliados indicaram disposição em aumentar a ajuda civil e militar, mesmo que Obama não tenha decidido se vai aumentar o número de tropas no combate aos insurgentes afegãos.

"Eu acredito que mais tropas internacionais serão necessárias no futuro", disse Kai Eide, representante especial da ONU no Afeganistão.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, citou o "amplo apoio" dos ministros da Defesa em aderir à estratégia desenvolvida pelo general norte-americano Stanley McChrystal, que pede o envio de dezenas de milhares de soldados ao Afeganistão, dentre eles 80 mil norte-americanos.

Porém, os ministros reunidos não discutiram os números de soldados que serão enviados, disse Rasmussen. Gates afirmou que não esperava promessas específicas.

Integrantes da Otan têm resistido aos pedidos norte-americanos para aumentar suas tropas no Afeganistão. A Grã-Bretanha prometeu recentemente enviar mais 500 soldados, mas apenas se a Otan e os Estados Unidos também aumentarem suas tropas.

A administração Obama continua estudando se vai aprovar a proposta de estratégia de McChrystal, cujo objetivo é eliminar a ameaça terrorista ao frear as atividades do Taleban, em parte aumentando a segurança das comunidades e protegendo os afegãos.

Conselheiros do governo Obama, dentre eles o vice-presidente Joe Biden, são favoráveis a uma estratégia mais concentrada contra líderes da Al-Qaeda no vizinho Paquistão, com o uso de aviões espiões e ataques de forças especiais.

Gates disse nesta sexta-feira que a "fase analítica" da revisão estratégica está quase no fim, mas advertiu que Obama ainda vai estudar outras opções nas próximas duas ou três semanas.

McChrystal, que foi para Bratislava na noite de quinta-feira, fez uma explanação de 15 minutos sobre a guerra e falou sobre sua estratégia para vencer o conflito. Os ministros não fizeram perguntas durante o almoço de portas fechadas, segundo um oficial da defesa norte-americana que pediu anonimato.

Ainda assim, vários ministros soaram dúbios sobre concordar em enviar mais forças sem garantias de que a administração Obama tomará a mesma medida. Eles também mostraram preocupação com o envio de mais ajuda ao governo corrupto de Karzai, pelo menos até o segundo turno das eleições presidenciais, marcado para 7 de novembro.

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