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A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) reafirmou nesta segunda-feira (17) que apóia a instalação de um escudo norte-americano de defesa antimíssil na Europa.

A declaração surgiu depois de o presidente da França, Nicolas Sarkozy, ter dito que o aparato não aumentaria a segurança do continente.

Em uma cúpula realizada em abril, em Bucareste, os líderes da Otan, incluindo Sarkozy, receberam bem os planos dos EUA de colocar escudos antimíssil na Polônia e na República Tcheca como uma "contribuição substancial à proteção de aliados".

O governo norte-americano afirma que o aparato protegerá os EUA e seus aliados de eventuais ataques lançados por países "inamistosos" como o Irã e a Coréia do Norte. A Rússia argumenta que o escudo representa uma ameaça direta a seu território.

Depois de conversar recentemente com o presidente russo, Dmitry Medvedev, Sarkozy afirmou que a instalação do sistema norte-americano "não contribuiria em nada para a segurança e complicaria as coisas".

A porta-voz da Otan, Carmen Romero, disse que a postura da aliança não havia mudado.

"A decisão tomada em Bucareste é bastante clara e continuamos a analisar diferentes opções em relação à defesa antimíssil", afirmou, referindo-se a alternativas como uma proposta pela Otan de complementar o escudo norte-americano com componentes adicionais para reforçar a cobertura no sudeste da Europa.

Em uma cúpula da União Européia (UE) com a Rússia, na sexta-feira, o líder francês disse haver convencido o governo russo a realizar negociações em 2009 sobre a segurança da Europa e conclamou os russos e os norte-americanos a suspenderem a movimentação de mísseis até lá.

A Rússia ameaçou colocar mísseis perto da fronteira da Otan, na Europa, se o governo dos EUA desse prosseguimento à montagem do sistema de defesa.

O governo russo espera que o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, seja menos entusiasta do projeto do que o atual dirigente norte-americano, George W. Bush.

Autoridades da Rússia dizem ter ficado encorajadas com os primeiros sinais vindos dos norte-americanos e, no fim de semana, em Washington, Medvedev sugeriu que seu país poderia aceitar algo diferente de uma desistência total em relação ao escudo.

Segundo o presidente russo, seria possível acertar um sistema global antimíssil ou encontrar uma solução a respeito dos programas existentes.

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