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O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, em entrevista coletiva em Caracas, em 14 de junho de 2022.
O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, em entrevista coletiva em Caracas, em 14 de junho de 2022.| Foto: EFE/ Rayner Peña R.

O líder opositor venezuelano Juan Guaidó disse neste sábado que o ouro que a Venezuela depositou na Inglaterra "continuará sendo protegido" naquele país para que seja mantido "longe" da "ditadura", em alusão ao governo do ditador Nicolás Maduro.

"Proteger os ativos, como o ouro, que continuará sendo resguardado na Inglaterra, é fundamental para o futuro da Venezuela, de forma que sejam mantidos longe de uma ditadura que saqueou a nação e usou os recursos do país para financiar a corrupção e a repressão", escreveu o ex-deputado em sua conta no Twitter.

Em 29 de julho, o Tribunal Superior de Londres decidiu a favor de uma diretoria paralela do Banco Central da Venezuela, nomeado por Guaidó no caso do ouro.

Após um julgamento de quatro dias, que terminou em 18 de julho, a juíza Sara Cockerill afirmou que não podia manter as decisões do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ) que anularam as nomeações de Guaidó para tal diretoria, pois não havia base legal no Reino Unido para fazê-lo.

Assim, a mais alta instância judicial do Reino Unido estabeleceu que o governo de Londres só reconhece Guaidó, e não Maduro, como o chefe de Estado da Venezuela, e que, portanto, os atos e decisões da oposição devem ser considerados soberanos, com base na doutrina jurídica inglesa "uma só voz", que obriga os órgãos do Estado a procederem unificados na política externa.

Esta decisão, bem recebida por Guaidó, foi descrita como "incomum" pelo governo venezuelano, que pediu ao governo britânico que a "retificasse" e "não continuasse com esta artimanha de fingir" que o antichavista é presidente do país.

O Banco Central da Venezuela, por sua vez, considerou "extremamente grave que a política externa britânica, que neste caso amordaçou diretamente seus tribunais, deva causar sérios danos aos direitos e interesses dos cidadãos, instituições e outros estados".

Diante deste cenário, a instituição monetária informou que "reserva todas as ações legais dentro de seu poder para apelar dessa decisão inusitada e desastrosa em defesa do ouro".

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