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Guillermo Zuloaga (foto) e seu filho, acusados de “usura” pela Justiça venezuelana, estão foragidos do país | Edwin Montilva/Reuters
Guillermo Zuloaga (foto) e seu filho, acusados de “usura” pela Justiça venezuelana, estão foragidos do país| Foto: Edwin Montilva/Reuters

Caso Globovisión

Acusações a dono de tevê somam 5 anos de prisão

Guillermo Zuloaga, presidente da emissora de tevê venezuelana Globovisión, e seu filho foram formalmente acusados ontem pela Promotoria venezuelana dos crimes de "usura" e associação para o crime. As acusações preveem de um a cinco anos de prisão.

"Existem mais de quarenta elementos convincentes que motivaram o Ministério Público a determinar esta acusação contra os Zuloaga pelos delitos de usura genérica e formação de quadrilha", informou o promotor

José Gregorio Morales, durante entrevista coletiva na qual apresentou as conclusões das investigações.

No começo de junho, um tribunal de Caracas emitiu ordem de prisão contra o presidente da Globovisión, meio que mantém uma linha editorial muito crítica ao governo de Hugo Chávez, e seu filho. Ambos foram acusados em 2009 pelo suposto armazenamento irregular de 24 veículos, o que caracterizaria o cirme de "usura". Em declarações por telefone à Globovisión, Zuloaga explicou que não se entregará à Justiça e garantiu que tanto ele quanto a Globovisión são vítimas da "injustiça e a perseguição do governo de Chávez".

O Ministério Público da Vene­­zuela emitiu uma ordem de prisão contra o empresário Nelson Mezerhane, importante acionista da emissora privada Globo­­vi­­sión e presidente de um banco que está sob intervenção estatal desde o dia 14, informou ontem a pro­­curadora-geral Luisa Ortega Díaz.

O motivo alegado foi suposta vinculação com irregularidades cometidas pelo Grupo Federal, segundo o site da Globovisión.

A procuradora informou que o governo não tem informação oficial sobre o paradeiro de Me­­zerhane, apesar de ter anunciado que pedirá à Interpol (polícia internacional) a emissão de uma ordem de busca contra ele.

"Não temos oficialmente a informação de que ele esteja fora do país. No entanto, solicitamos a ordem de prisão com a intenção de que seja incluído no alerta vermelho da Interpol, para que possa ser preso onde estiver’’, declarou Ortega à Rádio Nacional da Ve­­nezuela.

O Banco Federal é uma instituição privada de médio por­­te. Mezerhane também é um dos diretores da emissora Glo­­bovisión, muito crítica ao go­­verno de Chávez e cujo presidente, Guillermo Zuloaga, também teve a prisão decretada pela Justiça por suposta "usura’’ e associação para de­­linquir.

Zuloaga, por enquanto, está foragido da Justiça. Ele, assim como Mezerhane, assegurou que as acusações judiciais respondem a "pressões" políticas por parte do governo devido à linha editorial da Globovisión. Chávez rejeitou as críticas, negando que se trate de uma perseguição contra a emissora.

"Não é pelo canal, não é por nada, simplesmente este banco quebrou e estavam li­­dando irresponsavelmente com o dinheiro público", disse Chávez recentemente.

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