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Membros da Guarda Nacional do Texas instalaram barricadas de arame farpado no muro da fronteira em Ciudad Juarez, Chihuahua, México.
Membros da Guarda Nacional do Texas instalaram barricadas de arame farpado no muro da fronteira em Ciudad Juarez, Chihuahua, México.| Foto: EFE/Luis Torres

O projeto de lei para uma reforma do combate à imigração ilegal na fronteira sul dos Estados Unidos, que foi vetado no Senado americano nesta quarta-feira (7), alocaria US$ 1,4 bilhão (R$ 6,97 bilhões) para organizações sem fins lucrativos que ajudam imigrantes que entram ilegalmente no país.

A informação consta no documento do PL, que possui mais 370 páginas, cuja disposição diz que “seriam transferidos recursos para a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA) para apoiar abrigo e atividades relacionadas fornecidas por entidades não federais por meio dos Serviços de Abrigo Programa".

A Lei de Dotações Suplementares de Segurança Nacional de Emergência de 2024 deixaria disponível US$ 118 milhões (R$ 587,8 milhões) para outros temas incluídos no pacote, como os US$ 48 milhões (R$ 239 milhões) para a Ucrânia e cerca de US$ 16 milhões (R$ 79,7 milhões) para Israel, até 31 de dezembro.

O programa emergencial de alimentação e abrigo da FEMA fornece milhões de dólares todos os anos para ONG's ajudarem a cuidar dos migrantes que entram de forma irregular no país. Em 2023, o programa recebeu US$ 130 milhões (R$ 647,6 milhões) para apoiar migrantes e sem-teto.

Os Estados Unidos enfrentam números recordes de estrangeiros que cruzam suas fronteiras, nos últimos anos, com um registro de 2,2 milhões de entradas ilegais em 2022 e mais de 2 milhões no ano passado, segundo dados da Alfândega e Proteção de Fronteiras. Um novo relatório do Departamento de Segurança Interna (DHS) revelou que em 10 meses, o país deportou cerca de 530 mil pessoas que entraram pelas fronteiras.

"Desde 12 de maio, quando foi levantada a emergência de saúde pública na fronteira, já repatriamos mais de 530 mil pessoas, um recorde para esse período", disse o subsecretário de política fronteiriça e imigração do DHS, Blas Núñez-Neto, em entrevista coletiva. A grande maioria "cruzou a fronteira sudoeste, incluindo mais de 88 mil membros de famílias".

O novo pacote apresentado naufragou nesta semana porque a oposição republicana considerou insuficientes as medidas para o combate à imigração ilegal, que incluíam adotar ações emergenciais para restringir travessias na fronteira se a média diária de imigrantes flagrados atingisse 4 mil no período de uma semana e processamento de pedidos de asilo em no máximo seis meses.


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