O padre Nicolás Alessio, da cidade de Córdoba, na Argentina, anunciou ontem em tom de desafio que está disposto a oficializar o casamento religioso de um casal homossexual. "Se um casal gay me pedir, farei o casamento com grande prazer", declarou.
Alessio lamentou a posição da alta hierarquia da Igreja Católica sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. "É uma pena que a Igreja ainda seja tão autoritária, tão indisposta a compreender a diversidade."
A aprovação da lei que permite o casamento entre homossexuais na Argentina, na quinta-feira, continua gerando críticas da Igreja. No sábado, durante a procissão anual da Virgem de Itatí, na província de Corrientes, o bispo Andrés Stanovik ressaltou que "ninguém sabe onde essa lei nos levará". Segundo o bispo, "Jesus nasceu homem" e aprendeu com seus pais "o bem que existe na diferenciação entre um homem e uma mulher".
A lei que permite o casamento gay será promulgada na quarta-feira pela presidente Cristina Kirchner. A promulgação, segundo María Rachid, da Federação Argentina de Lésbicas, Gays e Bissexuais, será realizada em uma cerimônia na Casa Rosada, o palácio presidencial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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