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A renúncia de um importante político do País Basco pode alimentar os sentimentos separatistas na região, gerando graves problemas para o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, quando ele tentar reeleger-se.

Josu Jon Imaz disse na quarta-feira que abandonaria seu cargo de presidente do Partido Nacionalista Basco (PNV), legenda que comanda o governo da região desde os anos 1980.

A decisão de Imaz, um político basco moderado, acabou sendo interpretada como uma derrota dele frente a uma ala pró-independência do PNV, ala essa que propõe a realização de um plebiscito a fim de perguntar à população da região sobre se deseja ou não se tornar independente da Espanha.

O momento em que se dá esse fato não poderia ser pior para Zapatero, um político socialista que esperava ver a questão basca longe do palco central das eleições gerais de março próximo.

"Se isso (o apelo por um plebiscito entre os bascos) ganhar o centro do cenário público nos próximos meses, acho que Zapatero sofreria algum desgaste", afirmou Charles Powell, professor da Universidade San Pablo-CEU, em Madri.

"Isso mostraria que tanto as políticas dele para o País Basco quanto as políticas para a região da Catalunha enfrentam problemas."

O premiê tentou apaziguar os sonhos separatistas dos bascos e dos catalães oferecendo uma autonomia ainda maior para as duas regiões, que já contam com um alto grau de independência em relação ao governo central da Espanha.

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