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Madri – O chefe de governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, se declarou convencido ontem de que a "grande maioria" dos espanhóis apóia seus esforços para alcançar a paz no País Basco, enquanto a direita se prepara para protestar contra o diálogo com a organização separatista basca ETA. "A grande maioria dos cidadãos está empenhada em ver o fim da violência e sabe o que representa o sofrimento da dor e do horror que vivemos", sustentou Zapatero durante um comício em Tarragona (Catalunha, nordeste).

Os espanhóis "sabem até que ponto vale a pena lançar-se a esta tarefa de se tentar chegar à paz", acrescentou o dirigente socialista espanhol, referindo-se ao processo de paz que abriu no País Basco o cessar-fogo permanente que a organização separatista declarou em 22 de março passado.

Oposição

As afirmações de Zapatero ocorreram horas antes de a cúpula do opositor Partido Popular (PP, direita) participar em Madri de uma concentração convocada pela Associação de Vítimas do Terrorismo (AVT), ligada ao PP, para repudiar o processo de paz em Euskadi.

Sob o lema "Negociação em meu nome, não!", participaram do protesto, na Praça de Colombo, no centro cidade, o presidente do PP, Mariano Rajoy, a presidente da Comunidade de Madri, Esperanza Aguirre, o prefeito Alberto Ruiz Gallardón e Ana Botella, esposa do ex-chefe de governo, José María Aznar.

Aznar, que governou a Espanha entre 1996 e 2004 e está nos Estados Unidos lamentou não poder assistir ao protesto contra o que considerou "uma paz falsa que não perece que a Espanha se destrua."

A AVT espera bater recordes de participação em sua quarta manifestação contra a política antiterrorista do governo socialista e contra qualquer diálogo com a ETA.

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