Reação
Ricos exigem punição, mas China tem poder de veto
Folhapress, em São Paulo
Estados Unidos, União Europeia e Rússia deram sinais ontem de que uma resolução com sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã pode estar próxima. As potências já intensificaram as discussões sobre os próximos movimentos. A Rússia enviou seu sinal mais forte até agora de que poderia apoiar um quarto conjunto de sanções da ONU devido ao programa nuclear iraniano.
No dia em que confirmou o início do processo de enriquecimento de urânio a 20% em seu próprio território, o Irã negou que as ameaças de sanções e novas resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) o impeçam de avançar em seu programa nuclear.
"Se eles tentarem uma nova resolução, estarão cometendo um erro. Isso não ajudará a resolver a disputa nuclear entre o Irã e o Ocidente, afirmou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast.
Em entrevista a jornalistas, em Teerã, Mehmanparast afirmou que o país não vai abandonar seu "programa nuclear pacífico.
Teerã nega as acusações ocidentais de que tenha objetivos militares com seu programa nuclear. A desconfiança ganhou força nesta semana com o anúncio iraniano de que, violando as atuais resoluções do Conselho de Segurança, iria enriquecer urânio de 3,5% a 20% em seu próprio solo. O urânio altamente enriquecido é suficiente para produzir isótopos médicos, mas pouco para os 90% necessários para uma bomba.
"As resoluções (que incluírem sanções) contra o Irã não serão capazes de solucionar problemas, mas provocarão vários aos países que as aprovarem. Se pensam que com estas resoluções o povo iraniano dará um passo atrás (em seu programa nuclear), estão enganados, disse Mehmanparast.
Mehmanparast afirmou ainda que as políticas de sanção aplicadas contra o Irã nos últimos 31 anos fracassaram e os países que as adotaram "não conhecem bem o povo iraniano. O porta-voz voltou a dizer que o programa nuclear é pacífico.
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