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Flores foram colocadas no local do crime já no sábado | João Paulo Pimentel/Gazeta do Povo
Flores foram colocadas no local do crime já no sábado| Foto: João Paulo Pimentel/Gazeta do Povo

O índice de homicídios nos Países Baixos é de 0,93 por 100 mil habitantes ao ano, uma taxa baixíssima se comparada à brasileira (22 assassinatos por 100 mil habitantes ao ano) e exemplar mesmo ante os números de vizinhos europeus como Reino Unido (1,28) e França (1,35). Os dados fazem parte de uma coletânea do Escritório da ONU para o Combate às Drogas e ao Crime. Em todo o ano de 2010, ocorreram 170 homicídios na Holanda, país com 16,5 milhões de habitantes, de acordo com estatísticas oficiais. Apesar de morarem numa das nações menos violentas do mundo, os holandeses contam em seu passado recente ataques semelhantes ao do último sábado.

Em 30 de abril de 2009, quando a população celebrava nas ruas o Dia da Rainha – uma das datas mais festivas da Holanda – um homem jogou o carro que dirigia na multidão que assistia ao desfile da família real na cidade de Apeldoorn, no centro do país. Oito pessoas morreram na ocasião, inclusive o agressor. Em 1999, quatro estudantes e um professor ficaram gravemente feridos após um aluno atirar dentro da sala de informática de uma escola de Veghel, no sul do país. Cinco anos depois, outro professor foi assassinado, também por um jovem atirador, dentro de um colégio de Haia.

Talvez por causa das baixas taxas de crimes violentos, tragédias como a do último fim de semana são em geral classificadas como "anti-holandesas" pelos habitantes locais. Nos relatos colhidos pela reportagem, frequentemente citava-se os Estados Unidos como o local onde massacres desse tipo "costumam acontecer". "Até na Alemanha, ouvimos falar disso, mas aqui não", disse Amin Lelieveld, que mora próximo ao shopping De Ridderhof.

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