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O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, disse que os países do grupo decidiram na quarta-feira buscar energia nuclear. A decisão foi tomada num momento delicado, em que os EUA acusam o Irã (que não é um país árabe) de desenvolver armas nucleares e os países islâmicos acusam Israel de já possuir bombas atômicas.

- Os Estados árabes, como membros do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, decidiram usar o direito concedido a eles, e por isso entraram em acordo para usar a energia nuclear pacificamente - disse Moussa.

- Muitos países começaram a entrar nesse campo científico avançado, necessário e crítico - disse ele a jornalistas durante uma reunião de chanceleres árabes.

A Liga Árabe representa 22 governos, do Marrocos ao Golfo Pérsico. Nenhum país árabe atualmente produz energia nuclear comercial, embora alguns tenham unidades de pesquisas atômicas.

Moussa propôs aos países árabes que criem as instituições e instalações nucleares para a pesquisa nuclear. Ele já havia dado a sugestão anteriormente, citando razões econômicas e ambientais, mas nunca com tanta ênfase.

A maioria dos árabes considera hipócrita a campanha dos EUA e da Europa contra o Irã, uma vez que Israel rejeita inspeções nucleares internacionais e supostamente tem 200 ogivas nucleares.

A maioria dos governos árabes defende uma solução pacífica no impasse entre o Ocidente e o Irã, na esperança de que uma saída diplomática permita a Teerã desenvolver a energia nuclear sob supervisão da ONU.

Quando os governos falam sobre armas nucleares, dizem que todo o Oriente Médio deveria estar livre delas, o que implicitamente inclui Israel.

As autoridades norte-americanas dizem que só poderão avaliar as atividades nucleares de Israel quando houver uma paz abrangente na região.

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