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A primeira-ministra da Letônia, Evika Siliņa, em novembro de 2023
A primeira-ministra da Letônia, Evika Siliņa, em novembro de 2023| Foto: Wikimedia Commons/Fanni Uusitalo e Valtioneuvoston Kanslia

Os ministros da Defesa da Estônia, Letônia e Lituânia planejam construir uma linha de defesa conjunta no Báltico ao longo das fronteiras dos três países com Rússia e Belarus.

Em entrevista coletiva após uma reunião, os ministros da Defesa de Estônia, Hanno Pevkur; Letônia, Andris Spruds; e Lituânia, Arvydas Anusauskas, disseram que a linha de defesa envolveria munição e armas pré-posicionadas, posições defensivas e unidades de reação rápida para lidar com qualquer possível agressão na fronteira.

Os ministros também mencionaram a compra, por cada um dos países, do Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS), capaz de atingir alvos dentro de Rússia ou Belarus.

Anusauskas considerou importante que os três países organizem treinamento conjunto, operações de manutenção e exercícios para os sistemas de artilharia de foguetes móveis.

Pevkur disse que não vê "mudanças democráticas na Rússia", quando perguntado sobre as declarações de alguns funcionários de alto escalão europeus, incluindo a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, sobre a possibilidade de um confronto entre a Rússia e a OTAN dentro de alguns anos.

De qualquer forma, a construção da linha de defesa levará vários anos e exigirá medidas como a aquisição de terrenos privados na fronteira ou próximo a ela para instalações militares, enfatizou.

Ele descartou a construção de campos minados como parte da linha de defesa.

"As minas terrestres não são uma ferramenta mágica para evitar a guerra, nosso exército diz que temos muitas alternativas. Os campos minados poderiam tornar as florestas do país na fronteira inseguras para uso recreativo”, acrescentou Pevkur.

Perguntado se a Letônia denunciaria a Convenção sobre a Proibição do Uso, Armazenamento, Produção e Transferência de Minas Antipessoais e sobre sua Destruição, Spruds disse que as Forças Armadas do país apresentariam um relatório sobre a questão no dia 22, após o qual o governo tomaria uma posição.

Ele também disse que a Letônia possui atualmente minas antitanque e antipessoais que poderiam ser usadas em caso de emergência.

O ministro da Defesa da Estônia considerou que qualquer desvio da proibição global de minas antipessoais poderia causar preocupação entre os aliados mais próximos dos países bálticos que assinaram ou concordaram com a proibição deste tipo de equipamento.

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