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Israelenses e palestinos minimizaram na segunda-feira (22) a perspectiva de manterem em breve uma reunião em Washington, e a Casa Branca disse que convencer as duas partes a aceitarem um acordo de paz continua sendo um "enorme desafio".

Os palestinos dizem que só entrarão em negociação se estiver claro que elas resultarão em um Estado baseado nas fronteiras anteriores a 1967. Já uma fonte do governo israelense informou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu só levará o processo adiante depois de receber o aval do seu gabinete.

O secretário norte-americano de Estado, John Kerry - que passou os últimos meses envolvido em uma intensa e discreta negociação -, previu na sexta-feira (12) que o negociador palestino, Saeb Erekat, e a representante israelense, Tzipi Livni, iriam a Washington para "iniciar as conversas preliminares dentro de mais ou menos uma semana".

Mas uma fonte do governo israelense disse que "parece que as negociações vão começar só na semana que vem, não nesta semana".

Em Washington, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que os EUA estão "trabalhando em uma data para que as partes venham a Washington nas próximas semanas para avançar esse processo".

Mas, falando sobre a possibilidade de um acordo de paz, ele disse: "Esse é um desafio enorme e tem sido um desafio enorme para israelenses e palestinos e para sucessivas gestões aqui em Washington".

Alguns ministros israelenses se opõem a negociações que levem à concessão de terras para palestinos. Netanyahu irá solicitar o apoio deles para as negociações, numa reunião do seu gabinete completo, em 28 de julho, ou numa sessão do gabinete de segurança, que é mais reduzido.

Uma fonte disse que Netanyahu espera convencer os ministros mostrando que esse é "um processo estratégico para estreitar as relações com os Estados Unidos", enfatizando a importância de boas relações com os EUA para lidar com as ameaças representadas pelo programa nuclear iraniano e pelas crises do Egito e da Síria.

Netanyahu também prometeu submeter qualquer acordo de paz a referendo, para "impedir uma divisão entre as pessoas". "Qualquer solução que não seja aprovada pelo público não deve ser assinada", disse o premiê na segunda-feira a jornalistas. "Alcançar a paz é um objetivo crucial para Israel."

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