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Ramallah, Cisjordânia – O presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, líder do grupo Fatah, afirmou ontem que o diálogo com o Hamas (que lidera o Parlamento) sobre a formação de um governo de união nacional terminou sem resultados. A declaração foi feita em Ramallah, Cisjordânia, ao lado do ministro das Relações Exteriores do Bahrein, Haled en Ahmad Khalifa.

Desde o início de setembro Hamas e Fatah estavam tentando formar um governo de coalizão. No entanto, as negociações chegaram a um impasse em razão da resistência do Hamas em reconhecer o Estado israelense.

Abbas, que ameaçou dissolver o Parlamento se não houver um acordo em duas semanas, recebeu ontem a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, no quartel-general da AP. A secretária, que visita vários governos do Oriente Médio em busca de alternativas para apaziguar as tensões na região, deu apoio a Abbas e elogiou seu esforço pelo diálogo. "Sentimos uma grande admiração por você e sua gestão", disse Rice, mostrando que ficaram para trás os dias em que os EUA desaprovavam toda e qualquer ato da Autoridade Palestina. Defitivamente, Abbas tem muito mais apoio norte-americano que seu antecessor, Yasser Arafat, morto no fim de 2004.

Ontem um dos dirigentes do Hamas, Mohammad Odah, de 37 anos, foi atacado e assassinado por três homens encapuzados quando saía de uma mesquita em Qalqiliya (Cisjordânia). Testemunhas disseram que os agressores desceram de um carro com placa de Israel, mas o governo israelense negou ter levado a cabo qualquer operação ontem.

Também ontem, homens armados, supostamente ligados a Abbas, teriam ameaçado matar líderes do Hamas. Até o momento, nenhuma facção palestina assumiu a autoria do ataque.

Impacto social

A falta de consenso interno na Autoridade Palestina tem reflexos diretos sobre a vida da população. Vilarejos destruídos pelas recorrentes incursões militares israelenses ficam à espera de reconstrução. Faltam escolas e hospitais e a população vive com medo da violência.

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