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Genebra - A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a pandemia seria capaz de atingir um terço da população mundial, cerca de 2 bilhões de pessoas, e alerta que um vírus suave para os países ricos pode ter repercussões severas para os países mais pobres.

A entidade deixa claro que não se trata de uma previsão de que esse será necessariamente o número final de pessoas infectadas pelo vírus A H1N1. Mas, mesmo assim, estima que esse seria o potencial de como a doença poderia se espalhar pelo mundo.

O fato de atingir 30% da população mundial ainda não significa necessariamente que ela será severa para a maioria das pessoas.

"Esse número (2 bilhões de infectados) não é uma previsão. É um estimativa razoável do que uma pandemia pode causar, levando em conta as experiencias do passado do potencial de uma pandemia de influenza", afirmou Keiji Fukuda, vice-diretor da OMS.

Depois de passar 30 minutos repetindo o número de 2 bilhões de pessoas infectadas, Fukuda concluiu sua entrevista coletiva concedida hoje em Genebra com uma ressalva. Segundo ele, não haveria certeza de que o atual vírus atingiria inevitavelmente 2 bilhões de pessoas.

No total, a OMS continuou vendo um aumento nos casos. A entidade somou 2.371 casos de contaminação pelo vírus em 24 países (o Brasil ainda não havia entrado na lista). Também está confirmado que 44 mortes foram provocadas pela doença. O México registrou 1.112 casos, incluindo 42 mortes. Os EUA informam 896 casos, com duas mortes.

Por ano, a gripe sazonal mata por ano entre 250 mil e 500 mil pessoas. E, mesmo assim, não figura entre as prioridades da OMS em suas estratégias mundiais.

A polêmica de números na ONU se confunde com a própria forma de trabalhar da entidade. Durante a gripe aviária, os primeiros números da ONU apontaram que 150 milhões de pessoas poderiam ser atingidas. O número rapidamente caiu para uma margem de 2,4 milhões para 7 milhões. Os números de pessoas afetadas não chegaram nem perto disso, com cerca de 200 mortos.

Desta vez, a OMS voltou a ser questionada em relação a seu alarmismo. Mas Fukuda fez questão de insistir que a atenção dada pela OMS ao novo vírus está baseada no fato de que ninguém saberia o que vai ainda ocorrer. "Assim como eu já disse há duas semanas, continuamos sem saber qual será o futuro. A maioria dos casos está concentrado na América do Norte. Mas a questão é o que irá ocorrer quando o inverno chegar no Hemisfério Sul e o vírus começar a migrar?", questionou "Nossa obrigação é dizer às pessoas que se preparem. Essa é a hora de se preparar", disse Fukuda.

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