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Papa disse que os imigrantes buscam vida melhor  num país que precisa deles | Marc Rossi/Reuters
Papa disse que os imigrantes buscam vida melhor num país que precisa deles| Foto: Marc Rossi/Reuters

O papa Bento XVI condenou os confrontos entre imigrantes e italianos no Sul da Itália, dizendo que os migrantes têm direitos, devem ser respeitados e são igualmente amados por Deus. A declaração foi feita ontem, em sua tradicional bênção do meio-dia.

Bento XVI dedicou boa parte de seus comentários à situação da cidade de Rosarno, na região da Calábria (Sul da Itália), onde centenas de imigrantes africanos se revoltaram depois que dois deles foram feridos em tiroteios. Mais de 30 pessoas ficaram feridas durante tumultos entre imigrantes, policiais e cidadãos italianos.

O papa disse que os imigrantes estão buscando uma vida melhor num país que precisa deles, embora corram o risco de serem explorados por causa de sua condição. Na Itália há muitos imigrantes ilegais que trabalham em troca de comida e abrigo, em condições miseráveis.

O chefe da Igreja Católica convidou as pessoas a "olharem para o rosto das outras e descobrir que aí está uma alma, uma história, uma vida, uma pessoa que Deus ama". Os tumultos ocorreram com maior intensidade na quinta-feira e na sexta-feira. Agora, a situação é mais calma, pois muitos dos imigrantes atingidos foram expulsos da área, buscaram abrigos ou saíram da região por vontade própria, de trem ou de carro.

Egito

O papa também pediu a autoridades políticas e religiosas que impedissem a violência contra cristãos, em referência ao ataque recente contra cristãos coptas no Egito. "A violência contra cristãos em alguns países causou indignação entre muitas pessoas, particularmente porque aconteceu nos dias mais sagrados da tradição cristã", disse o papa após a oração semanal do Angelus em Roma. Seis cristãos coptas foram mortos por homens que abriram fogo em frente a uma igreja na cidade de Nagaa Hamady, no sul do Egito, em 6 de janeiro, na véspera do Natal copta. O Ministério de Interior afirma suspeitar que o ataque foi uma retaliação ao estupro de uma menina muçulmana de 12 anos em novembro passado, que teria sido cometido por um homem cristão. Os cristãos coptas, um ramo da Igreja Ortodoxa Oriental, constituem cerca de 10% da população do Egito, um país predominantemente muçulmano.

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