Papa Bento XVI inicia “peregrinação” de uma semana pelo Oriente Médio

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Vaticano - O Papa Bento XVI chega hoje à Jordânia, país de 92% da população muçulmano, para iniciar um giro de uma semana pelo Oriente Médio. O primeiro país tem um significado especial para os cristãos. Segundo a tradição católica, foi no Vale do Rio Jordão que Jesus foi batizado. O Papa rezará uma missa às margens do rio, que divide Israel, Cisjordânia e Jordânia. Bento XVI fica três dias no país.

O Vaticano considera que a viagem representa a união entre as religiões. "Existe uma tradição de união entre cristãos e muçulmanos. Não apenas aqui, mas no mundo todo. E a Jordânia é um exemplo de fraternidade e convivência entre povos e religiões", afirmou o bispo auxiliar e vigário episcopal para a Jordânia do Patriarcado latino de Jerusalém, Dom Salim Sayegh, em entrevista à Rádio Vaticano.

Em setembro de 2006, em viagem à Alemanha, o Papa fez discursou em uma universidade que causou polêmica no mundo islâmico. O Papa citou um texto do imperador bizantino Manoel 2º Paleólogo, no qual o autor diz que o profeta Maomé trouxe de novo ao mundo "coisas más e desumanas, como a sua ordem para espalhar pela espada a fé que ele pregava".

Em Israel, onde chega na segunda-feira, o governo convocou 80 mil soldados para fazer a segurança do Papa Bento XVI. A equipe de apoio ao Papa contará ainda com 60 mil policiais, soldados e agentes do serviço secreto. Segundo o comissionário da polícia israelense, Dudi Cohen, a visita está sendo considerada "um evento histórico com uma segurança muito complexa".