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Souvenir da visita, que recebeu críticas após denúncias de abusos | Toby Melville/Reuters
Souvenir da visita, que recebeu críticas após denúncias de abusos| Foto: Toby Melville/Reuters

Londres - O Papa Bento XVI chega hoje ao Reino Unido para visita de quatro dias em meio à apatia da população e ameaças de protestos de grupos descontentes com o modo co­­mo o Vaticano lida com casos de abuso sexual cometidos por pa­­dres.

É a segunda visita de um papa ao país. A primeira foi a de João Paulo II, em 1982, quando a Igreja contava com mais popularidade.

Bento XVI participará de quatro grandes eventos com a presença de público: em Edimburgo e Glasgow, na Escócia, e Londres e Birmingham, na Inglaterra.

Em Glasgow, os organizadores não conseguiram vender ingressos para os 100 mil lugares disponíveis. Os preços chegavam ao equivalente a R$ 55. A expectativa é de que 65 mil pessoas compareçam.

O ponto sensível da viagem é crítica à reação da Igreja quanto a abusos sexuais. Bento XVI deve visitar, sem alarde e longe da im­­prensa, vítimas de padres pedófilos. Ele fez o mesmo na Aus­­trália e em Malta.

Não é o que querem os que atacam o Vaticano por justamente manter a portas fechadas a questão dos abusos.

Eles pedem que o Papa faça um pedido de desculpas formal pelos cerca de 10 mil casos de pedofilia cometidos por padres católicos.

Para o sábado, está programada uma grande passeata pelo centro de Londres para protestar contra a pedofilia, o veto da Igreja ao uso de camisinhas e sua condenação aos gays.

Se já não bastassem as polêmicas, Walter Kasper, conselheiro do Papa, colocou mais lenha na fo­­gueira ao dizer em entrevista que chegar a Londres é como aterrissar no Terceiro Mundo.

Ele estava na comitiva do Papa, mas ficou de fora, supostamente por problemas de saúde. O Vati­­cano disse que a menção era à com­­posição multiétnica do país.

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